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Você é Realmente Viciado em Comida? Pesquisadores Estão Descobrindo a Verdade

A crescente evidência do vício em comida

A ideia de que certos alimentos, especialmente os altamente processados, podem ser viciantes tem ganhado cada vez mais força na comunidade científica. Embora o “vício em comida” ainda não seja um diagnóstico médico ou psiquiátrico oficial, estudos revelam semelhanças neurobiológicas e comportamentais impressionantes entre o consumo excessivo de alimentos e o uso de substâncias. Pesquisadores estão descobrindo que alimentos ricos em açúcar, gordura e sal podem ativar os centros de recompensa do cérebro de maneira semelhante às drogas, levando a um ciclo de desejo e consumo compulsivo.

O que caracteriza o vício em comida?

Semelhanças com outras dependências

Assim como em outras formas de vício, a genética provavelmente desempenha um papel importante na relação pouco saudável com a comida. Estudos identificaram uma sobreposição significativa em comportamentos relatados por pacientes, como:

  • Perda de controle: Incapacidade de moderar o consumo.
  • Desejos intensos: Vontades incontroláveis de comer.
  • Incapacidade de parar: Dificuldade em reduzir o consumo, mesmo ciente das consequências negativas para a saúde.
  • Sintomas de abstinência: Irritabilidade, dores de cabeça e outros sintomas ao tentar cortar certos alimentos.

O papel do cérebro

Neurocientistas acumularam evidências de que alimentos ultraprocessados podem alterar o cérebro de maneiras que lembram outras substâncias viciantes. Estudos com imagens cerebrais de voluntários propensos à obesidade mostraram diferenças nas áreas do cérebro relacionadas à recompensa e à impulsividade. Em um experimento, mesmo após uma refeição, essas áreas do cérebro não mostraram a diminuição de atividade esperada ao visualizar imagens de comida, ao contrário do que acontece com pessoas não propensas à obesidade.

Alimentos ultraprocessados: os grandes vilões

Alimentos com qualidades açucaradas, crocantes, salgadas, cremosas ou saborosas podem “grudar” em nossos cérebros e nos levar a comer mais. Esses alimentos, que os cientistas estão cada vez mais convencidos de que têm propriedades viciantes, são geralmente combinações de sais, gorduras e açúcares. Eles são projetados para se infiltrar no sistema de recompensa do cérebro, acionando poderosos sinais de “coma mais”.

O que o futuro reserva?

Assim como a comunidade científica hesitou em chamar o tabaco de viciante, estamos agora em uma encruzilhada semelhante. As evidências do vício em comida (especialmente quando se trata de lanches ultraprocessados) estão crescendo, assim como as consequências para a saúde pública. A pesquisa contínua nesta área pode não apenas informar estudos sobre distúrbios alimentares e uso de substâncias, mas também levar a terapias aprimoradas para ambos os problemas.

A questão de saber se o vício em comida é “real” está se tornando cada vez mais clara. Com a crescente quantidade de pesquisas mostrando as semelhanças entre o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados e o vício em drogas, a conscientização e a busca por estratégias de tratamento eficazes são mais importantes do que nunca.


Fonte : ttps://www.yahoo.com/news/articles/really-addicted-food-researchers-uncovering-123413364.html